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O que é o líquido amniótico?

Líquido amniótico é o líquido sob o qual o bebê está imerso dentro da placenta durante a gestação. Ele é muito importante para o desenvolvimento do feto, além de manter o bebê hidratado e protegido durante toda a gravidez.

Do que é feito o líquido amniótico?

Nas primeiras semanas da gestação, o líquido amniótico é principalmente composto por água. Por volta da 20ª semana em diante, boa parte do líquido é composto pela própria urina do bebê. Além disso, outros nutrientes também fazem parte da composição, principalmente hormônios e anticorpos.

Para quê serve o líquido amniótico?

Durante a gravidez, o feto se desenvolve dentro da bolsa amniótica, que fica dentro do útero. Esta é a bolsa que geralmente se rompe durante o trabalho de parto, após as contrações. A bolsa amniótica está cheia do líquido amniótico, que é essencial para o desenvolvimento do bebê, pois:

    • Mantém a temperatura estável ideal para o bebê 
    • Contribui para o crescimento e desenvolvimento dos pulmões do bebê
    • Ajuda no desenvolvimento do sistema digestivo, pois o bebê engole o líquido 
    • Ajuda a desenvolver/fortalecer os músculos e ossos
    • Impede que o cordão umbilical seja comprimido dentro do útero

Cor do líquido amniótico

Normalmente, o líquido amniótico deve ser claro como uma clara de ovo, podendo ter uma tonalidade ligeiramente amarelada. O líquido também não deve ter cheiro forte e desagradável. A cor clara e o cheiro neutro é o que caracteriza um líquido saudável.

 

Se a bolsa romper e o líquido amniótico tiver uma cor escura, mais para o marrom, e uma consistência mais densa, além de notar um cheiro forte e desagradável, deverá ir para o hospital o mais rápido possível. Isso pode indicar presença excessiva de mecônio (cocô) no líquido, o que pode ser respirado pelo bebê e indicar um possível quadro de sofrimento fetal. Esse é um dos casos em que a cesárea se justifica.

Como saber se estou perdendo líquido?

Muitas mulheres ficam confusas quando percebem que estão perdendo líquido “aos poucos”, visto que, em geral, existe uma ideia comum de que a bolsa sempre rompe e o líquido jorra todo de uma vez. O que nem sempre é o caso. É possível perder líquido aos poucos e isso é bastante comum. Chamamos isso de “bolsa rota”.

 

Geralmente, se a grávida está perdendo líquido, pode notar os seguintes sinais:

 

  • Calcinha molhada de tempos em tempos (mais de 1x por dia);
  • Sensação de perda de xixi, morno e em pouca quantidade;
  • Não consegue evitar que o líquido escape mesmo quando tenta “segurar” contraindo os músculos pélvicos;
  • O bebê se move menos;

 

Além disso, o xixi tem um cheiro característico, enquanto o líquido amniótico, como dito anteriormente, deve ser inodoro e quase transparente.

O que fazer se estiver perdendo líquido?

Antes de mais, para seu maior conforto, pode usar um absorvente diário para proteger a calcinha de modo a não ter que trocar o tempo todo. Relativamente ao parto, não é preciso correr imediatamente para o hospital. Se estiver se sentindo bem e não estiver perdendo líquido há muito tempo, pode esperar pela evolução do trabalho de parto em casa.

 

Contudo, é importante ter um acompanhamento profissional para auscultar o bebê e seguir a pressão arterial da mãe. Nesse caso, invés de seguir logo para o internamento (caso pretenda ter o bebê na maternidade), pode optar por uma consulta com enfermeira ou médico obstetra para fazer a avaliação e observar o feto.

É possível ficar sem líquido?

Você talvez já tenha ouvido alguma história sobre “parto seco”. Essa é uma desculpa antiga utilizada para intimidar mulheres e convencê-las a ter uma cesárea invés de um parto normal. Recomendamos a leitura desse artigo, em que a Dra. Melania Amorim derruba o mito do parto seco.

 

Na realidade, assim como o tampão mucoso, o líquido amniótico está constantemente se regenerando. E você pode ajudar nesse processo ao beber mais água e descansar adequadamente, o que ajuda o corpo a restaurar os níveis de líquido amniótico.

 

Na mesma linha, um quadro de desidratação pode levar a uma queda nos níveis de líquido amniótico, o que pode não só impactar negativamente o desenvolvimento do bebê, como também pode levar a um trabalho de parto prematuro.

Em alguns casos clínicos, pouco comuns, pode ser necessário tomar alguma medicação para ajudar manter os níveis de líquido amniótico.

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